quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

BOB DYLAN no Brasil...

É, mais um show muito aguardado no Brasil e que vai passar bem distante da provinciana Hellcife. Mais de 5 décadas de roquenrrôu!! Aew.

(extraído de www.viafunchal.com.br)

Mais de 100 milhões de discos vendidos, alguns dos mais importantes prêmios do mundo, como o Grammy e o Oscar, uma coleção de hits e uma carreira que já dura mais de cinco décadas: este é Bob Dylan, cantor e compositor que inspirou e ainda inspira dezenas de talentos musicais em todo o mundo.

Os espetáculos que Dylan apresentará na Via Funchal fazem parte da turnê internacional de lançamento de seu último disco, Modern Times, o primeiro que ele lançou em cinco anos e que chegou às lojas no ano passado. A etapa sul-americana da turnê começou no dia 26 de fevereiro no México e depois do Brasil segue para o Chile, Argentina e Uruguai.

Em Modern Times, seu 44º álbum da carreira, Dylan toca teclados, guitarra e gaita, além de cantar, o que ele também faz no show. Como sempre acontece, o lançamento de um novo CD de Dylan é celebrado como um acontecimento no meio artístico. O disco encerra uma trilogia, cujos capítulos anteriores, "Time Out of Mind" e "Love & Theft" tiveram a marca do sucesso – ambos foram recordistas de vendas e indicados para o Grammy de álbum do ano (o primeiro ganhou o prêmio).

Seus trabalhos anteriores incluíam a trilha sonora do filme "Wonder Boys", que lhe deu o Oscar e o Globo de Ouro, o primeiro volume de suas memórias, "Chronicles", que se tornou um das obras de não-ficção de maior vendagem em 2004 e o filme "No Direction Home", dirigido por Martin Scorcese, que documentava o início de sua carreira e de sua ascenção para a fama. No ano passado, ele lançou também um programa de rádio semanal, Theme Time Radio Hour, veiculado pela rádio XM Satellite Radio, que rapidamente tornou-se um dos programas mais populares da estação.

Entre novas canções e hits, o repertório do novo show de Dylan traz canções como: "Cat's In The Well", "Lay, Lady, Lay", "I'll Be Your Baby Tonight", "You're A Big Girl Now", "Rollin' And Tumblin'", "Spirit On The Water", "Cry A While", "Workingman's Blues #2", "Things Have Changed", "Under The Red Sky", "Highway 61 Revisited", "Ain't Talkin", "Summer Days", "Like A Rolling Stone", "I Shall Be Released", "Thunder On The Mountain" e "All Along The Watchtower".


Bob Dylan
Nascido Robert Allen Zimmerman, em Duluth, no estado de Minnesota, em 24 de maio de 1941, Bob Dylan é neto de imigrantes judeus-russos. Aos dez anos de idade escreveu seus primeiros poemas e, ainda adolescente, aprendeu piano e guitarra sozinho. Começou cantando em grupos de rock, imitando Little Richard e Buddy Holly, mas quando foi para a Universidade de Mineapólis, em 1959, voltou-se para a folk music, impressionado com a obra musical do lendário cantador folk Woody Guthrie, a quem foi visitar em New York em 1961.

Dylan
já lançou mais de 40 álbuns desde 1962, quando chegou às lojas seu primeiro disco, "Bob Dylan". Seu segundo álbum, "The Freewhellin' Bob Dylan" de 1963, contendo apenas canções de sua autoria, consagrou-o como músico com o hit "Blowin' In The Wind", que se tornou um hino do movimento dos direitos civis. Outras canções como "A hards-rain a gonna-fall" e "Masters Of War", tornaram-se clássicas. Suas músicas abordavam temas sociais e políticos em uma linguagem poética, e o tornaram um fenômeno entre jovens artistas, levando-o ao estrelato, principalmente após sua participação no Newport Folk Festival de 1963, onde cantou ao lado de uma das maiores estrelas da época, a cantora Joan Baez. O sucesso do álbum "The Times They Are-A-Changing" (1964) viria consolidar esta posição.

Mas Dylan surpreenderia, mudando de rumos artísticos, afastando-se do movimento chamado "de protesto" e voltando-se para canções mais instrospectivas. As questões sócio-políticas de seu tempo, como o racismo, a guerra fria e a guerra do Vietnã, cedem espaço para a temática das desilusões amorosas, amores perdidos, liberdade pessoal, tudo embalado pela influência da poesia beat. Esta transição se dá entre 1964 e 1966, quando Dylan eletrifica a sua música, passa a tocar com uma banda de blues-rock como apoio e se aproxima do rock.
Aclamado pela crítica, o cantor amplia seu público, tornando-se cada vez mais influente entre artistas contemporâneos e lançando os mais apreciados discos de sua carreira, com uma série de canções clássicas de seu repertório, como "Maggie's Farm", "Mr. Tambourine Man", "Ballad Of A Thin Man" e "Like a Roling Stone" que estão em alguns daqueles que são considerados como os seus melhores discos, "Bringing It All Back Home" e "Highway 61 Revisited" de 1965 e o duplo "Blonde on Blonde", de 1966.

Em maio de 1966, após uma tumultuada turnê pela Inglaterra, Dylan sofreu um grave acidente de moto que o afastou dos palcos e gravações até 1968. Em seu retorno, surpreendeu público e crítica com o álbum "John Wesling Hardin", fortemente influenciado pelo country, tendência que acentuou-se no trabalho seguinte, "Nashville Skyline", que trouxe o clássico "Lay Lady Lay" para as paradas.
Limitando-se a apresentações esporádicas, das quais a mais importante foi sua participação no Festival da Ilha de Wight, em agosto de 1969, além de sua participação no Concerto para Bangladesh, organizado por George Harrison em 1971, Dylan só voltaria a realizar turnês em 1974.

Seu trabalho no início dos anos 70 não foi bem recebido pela crítica. Desta época destacam-se algumas canções como "Knockin' on Heaven's Door" (1973) e "Forever Young" (1974). Mas ao voltar as turnês, acompanhado pelo grupo The Band, retorna a evidência e ao sucesso, principalmente pelo elogiado disco duplo ao vivo "Before the Flood" (1974). Na retomada da carreira de forma mais ativa, Dylan produz "Blood On Tracks" (1975) e "Desire" (1976), considerados seus melhores discos nos anos 70. Neste último, estaria a canção "Hurricane", baseado na história de Rubin Carter, um boxeador negro preso injustamente, um de seus maiores sucessos.
Após uma turnê que durou dois anos, Dylan se divorcia em 1977 de Sara Lownes e vive crise pessoal, que reflete-se em seu trabalho artístico. Depois de uma turnê mundial em 1978, em parte registrada no duplo ao vivo "At Budokan" (gravado no Japão), ele volta-se para a música gospel, ao converter-se e se filiar a uma igreja. Foi o período mais controverso e polêmico de sua carreira, principalmente por Dylan afastar-se de seu repertório clássico e investir em canções religiosas. Nesta nova fase, "Slow Train" de 1979 ainda traz momentos inspirados: a canção "Gotta Serve Somebody" ganhou um Grammy. Mas os discos seguintes são irregulares.

Com "Infidels", de 1983, Dylan afasta-se da fé cristã, volta-se inesperadamente para as suas raízes judaicas e parece reencontrar certo equilíbrio artístico. Bem recebido pela crítica, é considerado seu melhor álbum desde "Desire". As apresentações ao vivo, em que volta a interpretar seus clássicas, marcam uma reconciliação com seu público. Em 1985 participa do especial "We are the world" pela campanha contra a fome na África, ao lado de outros 40 grandes nomes da música, entre eles Michael Jackson, Tina Turner, Ray Charles e Stevie Wonder.

Dylan
continua a gravar regularmente. Em 1989 faz uma turnê com a lendária banda californiana Grateful Dead, e lança o álbum "Oh Mercy" (1989), elogiado pela qualidade inesperada das canções. Nesta época volta às paradas com o super-grupo Traveling Wilburys, formado com os amigos George Harrison, Tom Petty, além de Jeff Lynne e Roy Orbison. Em 1992 é realizado um show-tributo a sua carreira com a participação de nomes como Eric Clapton, Stevie Wonder, Neil Young, Willie Nelson, Lou Reed e Eddie Vedder entre outros.

Depois do acústico produzido para a MTV em 1994, Dylan só voltaria com um CD de inéditas em 1997. O álbum "Time Out Of Mind" ganharia vários prêmios Grammy e foi considerado por muitos uma nova ressurreição artística, confirmada pela qualidade de "Love and Theft" (2001). Neste mesmo ano a revista Rolling Stone publicou uma lista com as 500 melhores músicas da história e em primeiro lugar ficou Like a Rolling Stone, de Bob Dylan.

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