terça-feira, 23 de março de 2010

Pais sem responsabilidade...

Está no ar, na TV, a campanha institucional do governo federal informando os períodos de vacinação contra o vírus H1N1, o vírus da popular gripe suína. Aí vi hoje o que tem a atriz Ingrid Guimarães perguntando se os "pais irresponsáveis" estão prontos, hahah.

Dá uma olhada no vídeo!

Seria tão fácil mudar o texto...

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domingo, 14 de março de 2010

Para odiando...

Aí hoje na JC/CBN, no programa esportivo antes de mais uma rodada do Campeonato Pernambucano de Futebol, peguei mais uma pra série Diágolos, deste bloGH.

Foi assim, o narrador Haroldo disse:
"Hoje aqui na Ilha do Retiro tem um sol pra cada um, é muito calor!".

Alguns minutos depois o repórter Bóris veio com essa:
"E, parodiando o Haroldo, aqui onde eu estou também tá um sol pra cada um, tá muito quente!"

Parece que houve uma confusão do repórter sobre paráfrase e paródia, e que, apesar da tentativa dele, não ocorreu nenhum dos dois fenomênos linguísticos.

Pensando nisso, vale uma breve visita ao InfoEscola.

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sábado, 6 de março de 2010

Matéria Especial sobre o curso de Produção Fonográfica

Hora da profissionalização
Publicado em 04.03.2010 no Jornal do Commercio, Pernambuco

Curso universitário pioneiro de Produção Fonográfica em Pernambuco forma sua primeira turma este semestre

Marcos Toledo (mtoledo@jc.com.br)

Este ano acontece a 18ª edição do Abril pro Rock, festival que se tornou um marco na história da música pop pernambucana por, entre outros motivos, por projetar este segmento local no cenário nacional ao revelar bandas como Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S.A.. Desde então houve uma corrida de todos que fazem a área de música para equiparar a estrutura daqui à de fora. Os próprios grupos, produtoras, estúdios e empresas de som, palco e iluminação investiram para se atualizar. A última Feira Música Brasil e eventos de grande porte como o Carnaval demonstram o resultado de tal empenho. Um segmento, contudo, ainda engatinha na busca por uma profissionalização: e de educação e capacitação na área musical.

Algumas iniciativas surgem dentro de um conceito mais moderno para se somar ao ensino clássico, de centros profissionalizantes, conservatório e universidade, referência principal quando se trata de educação e capacitação musical. Uma das principais iniciativas surgidas no últimos anos em busca de uma profissionalização do mercado musical em Pernambuco foi a implantação do curso de Produção Fonográfica das Faculdades Integradas Barros Melo (AESO). A conclusão da primeira turma ocorre este semestre. Iniciada há dois anos, teve a árdua missão de colocar em prática o ideal de um curso ousado e pioneiro na área técnica musical.

Dos 36 alunos aprovados na primeira seleção, em 2008, 12 conseguiram chegar ao período final, sendo nove destes concluintes. Quem conseguir terminar o curso vai ser diplomado como tecnólogo em produção musical, ou seja, estará apto para participar de quaisquer das etapas do processo de produção de áudio, que são: pré-produção, gravação, edição, mixagem e masterização, operação de som, divulgação e distribuição do produto final. Trata-se da primeira experiência de formação superior para profissionais técnicos da região, e com um enfoque diferenciado das demais existentes no Brasil.

Para montar a estrutura do curso, o professor Gustavo Almeida, que lecionava nos cursos de jornalismo e publicidade, e coordena o Laboratório de TV e Vídeo da Aeso, analisou os cursos correlatos já existentes no País – Formação de Produtores e Músicos de Rock, da Unisinos, em São Leopoldo (RS), Produção Fonográfica, da Unoeste, em Presidente Prudente (SP), e Produção Fonográfica, da Estácio, no Rio de Janeiro.

Com base nas demais experiências foi montada uma grade curricular que, além do conhecimento técnico, contempla a produção musical e executiva. Com a aprovação do Ministério da Educação, foram abertas inscrições em novembro de 2007. “Foi curioso. A procura foi muito grande no vestibular”, considera o coordenador. Dos quase 60 inscritos, 43 foram aprovados e 36 se matricularam.

Outro diferencial da iniciativa da Aeso, de acordo com Almeida, é a integração com outros cursos da faculdade, como Design, Fotografia, Cinema de Animação, Publicidade e Jornalismo. “O aluno entra no curso para aprender como se autogerir, como gerir sua própria carreira”, conta.

Pioneiros ajudam a aperfeiçoar o curso
Publicado em 04.03.2010

Apesar de já contar com quatro turmas desde a implantação, o curso de Produção Fonográfica da Aeso está em constante construção e tem se adequado conforme as experiências de alunos e professores. Uma das principais dificuldades sempre foi a contratação de profissionais especializados para o quadro docente.

Uma averiguação para a primeira turma verificou que o principal interesse pelo curso partia de profissionais que já atuavam no mercado, entre eles músicos e técnicos. Daí o curso ser diurno, pois se imaginava que seria frequentado por artistas que tocavam na noite. Este perfil mudou, pois já há uma procura maior por estudantes que estão se formando no ensino médio. Há inclusive a possibilidade, em função disso, que o curso ganhe também uma turma noturna.

Para a formanda Paloma Granjeiro, que atua há vários anos como produtora artística no Estado, a primeira turma teve o mérito e até certo ponto o sacrifício de contribuir para estruturar o curso. “Para mim foi enriquecedor pela oportunidade de troca de ideias por meio do contato com os músicos, produtores, donos de estúdio. Já trabalho na área, mas não tinha muito contato técnico. Acredito que daqui a um ano (o curso) vai estar mais assentado”, avalia a estudante. Arthur Soares, também concluinte e músico da banda Nuda, avalia de forma satisfatória sua formação. “Ninguém vai sair daqui um supertécnico de gravação, mas é um grande estímulo”, considera.

À medida em que o curso passou a ser mais divulgado atraiu o interesse de alunos cada vez mais jovens. Os menos informados, de acordo com o coordenador Gustavo Almeida, às vezes têm uma ideia equivocada do que seja estudar produção fonográfica. Alguns acham que vão se formar em música. Para esclarecer os detalhes curriculares, a Aeso promove visitas guiadas ao câmpus em Jardim Brasil (Olinda), além de visitas a escolas.

Entre os profissionais qualificados que a Aeso foi buscar no mercado para seu corpo docente está Iuri Freiberger. Natural de Porto Alegre, o professor morava no Rio de Janeiro onde integra a banda Tom Bloch e trabalha em estúdios como o famoso Toca do Bandido, fundado por Tom Capone. Sim, integra e trabalha, porque a tecnologia hoje permite ao artista desenvolver seu trabalho a distância.

Freiberger, que leciona as cadeiras de Mixagem, Técnica de Gravação e Sistema de Sonorização, conta que uma de suas principais motivações para se transferir para Pernambuco foi “o fato de transferir tecnologia”. “Eu estava começando a ver que o mercado estava perdendo qualidade”, lembra. “Aqui tem uma produção cultural muito grande, mas o nível da produção musical ainda fica aquém dos outros polos. Tanto é que o pessoal sai daqui para trabalhar lá fora”, exemplifica.

O professor acompanhou o surgimento do curso existente em sua cidade natal e notou que há similaridades com o da Aeso, como a inclusão no currículo de disciplinas com som para audiovisual. Gustavo Almeida complementa este raciocínio citando que matérias teóricas como Introdução ao Som e Física do Som incentivam uma reflexão do processo de produção fonográfica que pode levar a um aprimoramento da profissão no Estado. “Quem entra no curso com um objetivo determinado, vê tudo”, retoma Freiberger. “A música tem a capacidade de transformação. Até mesmo a condição de vida”, filosofa o professor. (M.T.)
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